Segurança Social - que futuro?
Na quinta-feira, foi dia de debate mensal na Assembleia da República. Por indisponibilidade ocupacional, não pude ver o dito debate até ao seu termo, e pelo mesmo motivo, mas em dias diferentes, não consegui vir aqui postar sobre o mesmo.
Agora que o faço, debruço-me sobre aquele que era suposto ser o tema central do debate de há 2 dias atrás no Parlamento Português. No meio de tanta acusação e de troca de galhardetes que são lançados reciprocamente entre a bancada do PS e a do PSD (a respeito das responsabilidades de cada um no que diz respeito à questão do défice e da dívida do Estado), houveram aspectos que deviam ser ressalvados. Centrando-me em factos concretos, o Executivo propôs um novo método de acção sobre a questão das reformas e pensões. Muito sucintamente, e sem qualquer rodeio, há 3 hipóteses em cima da mesa, não acumuláveis entre si, na minha opinião:
- prolongamento da vida activa;
- penalização na reforma mensal;
- aumento do desconto mensal para a SS.
Ou seja, em termos para leigos, é assim: ou se trabalha mais anos, ou se aceita uma reforma mais baixa ou se desconta mais. Existe sensatez nestas alternativas. Para além de lógico, é automático. O que não existe é um compromisso que o Estado assumiu com os portugueses, aquando da introdução do sistema de descontos para a SS. O início era prometedor, visto que a população não era envelhecida e não havia crise de emprego. Mas agora, as circunstâncias mudaram, e é mais do que notória a falha da fórmula de contribuição e desconto para a SS e que esta estava condenada ao fracasso desde o início.
Agora há pessoas insatisfeitas, seja por receberem pensões baixas por anos de trabalho sem descontos, seja pela constante e ameaça crescente daqueles que descontam há vários anos e receiam não ver o "retorno" na altura em que o Estado se comprometeu a fazê-lo.
Sejamos honestos: o sistema está decadente, desactualizado e arrisco-me a dizê-lo, à beira da ruptura. É incomportável e insustentável prosseguir com o mesmo método que se tem vindo a seguir nestes últimos 20/30 anos. É também evidente que, por muitos anos que alguém trabalhe, uma taxa mensal de 11% não garante os anos de reforma sem sufoco que todos querem ter.
Pelo menos uma coisa sabemos: isto é um processo, e como em todos os processos, há evolução. Este está dividido em etapas e nós já estamos em uma relativamente avançada. Mas a verdade é que existem países à nossa frente em matéria de sustentabilidade da SS, e podemos aprender com os erros deles, como se eles fossem nossas "cobaias".
Agora que o faço, debruço-me sobre aquele que era suposto ser o tema central do debate de há 2 dias atrás no Parlamento Português. No meio de tanta acusação e de troca de galhardetes que são lançados reciprocamente entre a bancada do PS e a do PSD (a respeito das responsabilidades de cada um no que diz respeito à questão do défice e da dívida do Estado), houveram aspectos que deviam ser ressalvados. Centrando-me em factos concretos, o Executivo propôs um novo método de acção sobre a questão das reformas e pensões. Muito sucintamente, e sem qualquer rodeio, há 3 hipóteses em cima da mesa, não acumuláveis entre si, na minha opinião:
- prolongamento da vida activa;
- penalização na reforma mensal;
- aumento do desconto mensal para a SS.
Ou seja, em termos para leigos, é assim: ou se trabalha mais anos, ou se aceita uma reforma mais baixa ou se desconta mais. Existe sensatez nestas alternativas. Para além de lógico, é automático. O que não existe é um compromisso que o Estado assumiu com os portugueses, aquando da introdução do sistema de descontos para a SS. O início era prometedor, visto que a população não era envelhecida e não havia crise de emprego. Mas agora, as circunstâncias mudaram, e é mais do que notória a falha da fórmula de contribuição e desconto para a SS e que esta estava condenada ao fracasso desde o início.
Agora há pessoas insatisfeitas, seja por receberem pensões baixas por anos de trabalho sem descontos, seja pela constante e ameaça crescente daqueles que descontam há vários anos e receiam não ver o "retorno" na altura em que o Estado se comprometeu a fazê-lo.
Sejamos honestos: o sistema está decadente, desactualizado e arrisco-me a dizê-lo, à beira da ruptura. É incomportável e insustentável prosseguir com o mesmo método que se tem vindo a seguir nestes últimos 20/30 anos. É também evidente que, por muitos anos que alguém trabalhe, uma taxa mensal de 11% não garante os anos de reforma sem sufoco que todos querem ter.
Pelo menos uma coisa sabemos: isto é um processo, e como em todos os processos, há evolução. Este está dividido em etapas e nós já estamos em uma relativamente avançada. Mas a verdade é que existem países à nossa frente em matéria de sustentabilidade da SS, e podemos aprender com os erros deles, como se eles fossem nossas "cobaias".