Impressionante
Alunos do básico/secundário contra aulas de substituição, professores contra o Novo Estatuto da Carreira Docente, membros do ensino em geral contra a Ministra da Educação, funcionários públicos contra o corte de regalias, trabalhadores despedidos contra a deslocalização, sindicatos contra aumentos salariais, estudantes do ensino superior contra o valor das propinas e a degradação dos edifícios e equipamentos, e agora, militares contra a acção do Governo no que a eles dizem respeito, numa iniciativa eufemisticamente denominada como "passeio do descontentamento"...
Mas será isto efectivamente justo e adequado ou é pura libertinagem?
Mas será isto efectivamente justo e adequado ou é pura libertinagem?
7 Comments:
Eu diria que é a mobilização de esquerda ao seu melhor nível. (melhor no sentido de mais eficaz)
Porquê pura libertinagem? Nao percebi...
Mobilização da esquerda contra a ex-esquerda? Não percebi...
Não será que abdicar de dias de salário para protestar contra situações que para além de injustas se estão a tornar cada vez mais insustentáveis?
Só sei que nada sei... E cada vez percebo menos o ser humano, e consequentemente a sociedade.
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someone, antes de mais quero dizer que apaguei o seu 2º comment, visto ser um duplicado. Provavelmente, enganou-se.
Quanto ao que disse... eu sempre defendi o protesto, caso contrário seria uma insurgência minha contra o saúdavel regime democrático que todos partilhamos. Aquilo que mais critico, e foi esse o ponto principal do meu post, é a recorrência excessiva com que se utilizam estes direitos de forma claramente abusiva.
O que não deixa de ser contraproducente, pois a partir de um certo ponto de tolerância, quanto mais alguém se revolta, menos apoio e aceitação tem por parte de quem o vê por fora. Já para não falar da credibilidade da reivindicação.
O ser "injusto" ou não é notoriamente subjectivo, não é isso que está em causa. Pelo menos, por mim.
Na carreira docente não existe topo da carreira. Existem sim patamares em que se ganha mais do que noutros. Mas não existem etapas em que as funções desempenhadas mudam. Numa carreira em que se começa por baixo e se vai subindo, aí sim chega-se ao topo. Por exemplo, começa-se por secretário e chega-se a director. Mas na classe docente, começa-se por ser professor e acaba-se sendo professor.
Portanto não faz ponta de sentido falar em chegar ao topo nem em afirmar que só na classe docente todos os professores chegam ao topo. Isso é uma falácia; uma manha inteligente para justificar a criação artificial de dois escalões mas em que se faz o mesmo em ambos: dar aulas.
Um professor quando entra para os quadros atinge imediatamente o topo da carreira, no sentido de que as funções que desempenhará serão sempre exactamente as mesmas.
Não confundir o facto do Estado pagar progressivamente mais pelas mesmas funções à medida que se é professor há mais tempo com progressão na carreira e com chegar ao topo. Isso é para as carreiras em que existe uma hierarquia de cargos. Aí sim, chega-se ao topo.
As questões em volta do ECD são uma coisa muito engraçada. Ouço frequentemente as queixas de quem é professor de que o novo Estatuto vai ser prejudicial por ter ausência de privilégios e bonificações como o antigo tinha, mas as pessoas que são afectadas nunca tentaram sequer perceber se de facto o regime antigo era o mais correcto.
Mas afinal de contas, qual será o objectivo? Que todos consigam atingir o topo? Que todos sejam os melhores? Não dá, é absurdo e insustentável.
A possibilidade de chegar ao topo parte de 2 pressupostos:
- acumulação de estatuto com a idade e extensão da carreira (aqui a promoção é quase certa e automática, um autêntico dado adquirido);
- relacionado com o anterior, o facto de que todos conseguem atingir esse tal "topo", seja qual for o seu percurso e por muito fraca que seja a sua avaliação.
É perfeitamente claro que isto não é responsabilizante, nem porventura, justo. Numa sociedade que se preze e que queira merecer esse título, nem todos atingem o patamar elevado da carreira, pelo simples e lógico facto de que só os melhores o conseguem. Há, por natureza, uma valorização elitista daqueles que de facto o merecem, e cabe às avaliações tornarem essas avaliações o mais justas e equitativas possível.
Acreditar em possibilidade de qualquer um chegar ao topo de forma relativamente acessível é uma quimera.
Mas se a questão não é ser o melhor, e se cinge a obter promoções, o argumento é análogo. E, ou mais uma vez os jornalistas mentem muito, ou eu me informei muito mal, pois sempre ouvi que vão haver dois tipos de escalão, e as avaliações vão existir, pois são uma componente indispensável.
È vdd,essas aulas tem de terminar de uma vez por todas.Nao servem para nada e nao se faz nada.È ridiculo aquele tempo perdido que se podia estar a fazer outras coisas bem melhores num outro sitio.
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