Benefício ou Sacrifício?
Eu sempre defendi, desde que este Governo assumiu o controlo, que Sócrates tem sido um primeiro-ministro exemplar. Naturalmente que "exemplar" é arriscado e enganador, mas é indicativo de uma boa prestação na ampla análise.
Elevar o salário mínimo em 4,4 por cento nesta ronda negocial, e em 100 euros em apenas 5 anos, equivale a aumentar a um ritmo "anómalo" nestes últimos anos aquilo a que se costumava chamar "Rendimento Mínimo Garantido".
É verdade que o salário mínimo existe em apenas uma pequena parte da população, mas o seu nível carecia de aumento significativo e representava ainda uma fracção claramente desfavorecida da população. Resta saber se este acto de boa vontade é uma doação, isto é uma espécie de compromisso unilateral do Governo em manter a imagem perante o eleitorado, ou se se baseia mais numa expectativa de impulso na economia via consumo privado.
A meu ver, é mais um confronto de ideais, uma espécie de doseamento equilibrado imprescindível nesta fase de estagnação económica. Diz-se que sem sacrifícios, não se alcançam benefícios. Estamos perante o clássico trade-off entre a sustentabilidade e competitividade empresariais e o compromisso de elevação do rendimento dos consumidores. Apesar de indigesto, já era tempo de este aparecer...
Elevar o salário mínimo em 4,4 por cento nesta ronda negocial, e em 100 euros em apenas 5 anos, equivale a aumentar a um ritmo "anómalo" nestes últimos anos aquilo a que se costumava chamar "Rendimento Mínimo Garantido".
É verdade que o salário mínimo existe em apenas uma pequena parte da população, mas o seu nível carecia de aumento significativo e representava ainda uma fracção claramente desfavorecida da população. Resta saber se este acto de boa vontade é uma doação, isto é uma espécie de compromisso unilateral do Governo em manter a imagem perante o eleitorado, ou se se baseia mais numa expectativa de impulso na economia via consumo privado.
A meu ver, é mais um confronto de ideais, uma espécie de doseamento equilibrado imprescindível nesta fase de estagnação económica. Diz-se que sem sacrifícios, não se alcançam benefícios. Estamos perante o clássico trade-off entre a sustentabilidade e competitividade empresariais e o compromisso de elevação do rendimento dos consumidores. Apesar de indigesto, já era tempo de este aparecer...