Wednesday, March 29, 2006

Ciência

A Fundação Champalimaud irá atribuir um prémio recorde de 1 Milhão de Euros, de carácter anual, já a partir do ano 2007. A "fortuna" irá incidir sobre o melhor estudo no âmbito da investigação das doenças da visão.

Num evidente clima de estagnação económica, e perante a inércia do Estado em agir no mesmo sentido, são de louvar as estratégias de apoio à investigação, neste caso na área da biomedicina, uma área ainda bastante carente de investimento. Com a contínua relutância dos Governos sucessivos em não alocar fundos de risco nestas áreas, e num suposto e alegado arranque por parte de josé Sócrates (pelo menos, é o que indica o Programa de Governo), são este tipo de atitudes que nos fazem evoluir, não só como um impulso ao apelo a um maior investimento em Investigação, mas também ao fazê-lo em prol da Comunidade Científica Internacional.

Leonor Beleza e a sua "equipa" estão de parabéns pela forma como têm gerido a Fundação Champalimaud, que tem ao dispôr cerca de 500 Milhões de Euros, destinados exclusivamente à Investigação, conforme último desejo do multimilionário que os deixou.

Espero que, de facto, isto se assuma como um passo em frente rumo a um papel mais preponderante de Portugal na investigação médica, com vista a partiparmos mais activamente na busca de curas para as doenças e incapacidades que tanto afligem milhões de pessoas em todo o Mundo. E porque 1 Milhão de Euros de "prémio" é o valor mais alto desde sempre atribuído na área da biomedicina, o valor destas iniciativas ainda se torna maior.

2 Comments:

Blogger Luís Araújo said...

Concordo contigo, como não podia deixar de ser.
Mas, rigorosamente, não lamento a falta de investimento do governo na investigação. Lamento a falta de investimento no incentivo às empresas para estas incentivarem a investigação. Por uma razão muito simples: o governo não sabe o que a nossa indústria precisa; quem o sabe são as empresas, e só estas podem criar valor através da investigação.

March 29, 2006 11:40 PM  
Blogger Eduardo Barroco de Melo said...

Exactamente. E também porque, se virmos países como os EUA, os grandes fundos para investigação têm origem nos privados. Contudo, não deixo de aplaudir esta iniciativa.
Também devo dizer que, em Portugal, o que mais falta é o aproveitamento interno dos produtos da (apesar de tudo) boa investigação que se faz no nosso país. Trabalhar para vender, ao preço da chuva, os resultados a empresas alemãs ou afins é péssimo para a nossa economia e para a notoriedade dos nossos cientistas.

April 13, 2006 5:05 PM  

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