Cartoons de Maomé
Toda esta situação se tem desencadeado de forma bastante problemática. Bastou um cartoon num jornal dinamarquês para a fogueira se incendiar, e com o passar do tempo, têm sido lançadas mais achas.
Não sei se viram o cartoon. Eu vi um deles. Teve piada. Era um homem de barba branca no céu a dizer "Párem! Párem! Já não temos mais virgens!". Isto em alusão ao facto de que os terroristas morrem em prol da sua religião.
Daqui ressalvam dois aspectos importantes. O primeiro em relação à liberdade de imprensa; o segundo em relação aos muçulmanos propriamente ditos.
Quanto ao primeiro, não há muito a referir. Todos sabemos, de forma genérica, quais os limites da tolerância que se colocam à imprensa actual, muito embora isso não os impeça de os transporem. No entanto, conhecendo o mundo ocidental a habitual intolerância e fundamentalismo nos países muçulmanos, era perfeitamente dispensável uma abordagem tão "directa". Não os censuro; de facto, teve piada. E muito sinceramente uma caricatura não passa de uma sátira pacífica. Eu próprio já me ri de caricaturas da religião que seguia há uns anos, e isso nunca me trouxe problemas (embora aos olhos de muitos seja ofensivo). O cerne da questão está mesmo no carácter relativo espacial do conceito de tolerância.
No segundo plano, temos os muçulmanos. Se por um lado é errado uma crítica extensiva ao mundo muçulmano como inteiramente responsável pelo terrorismo global, então a forma como eles responderam aos ditos cujos só provam que de facto respiram e semeiam violência. Os atentados às embaixadas ocidentais isso o provam e não podem ser legitimadas seja em que circunstância for. O que se critica aqui não são as diferenças raciais, nem porventura as orientações religiosas (salvo seja!)... Apenas se pede tolerância e racionalidade. Mas como pedir (sequer exigir...) racionalidade e tolerância a um povo que só conhece a violência e se apoia no fundamentalismo cego? Como enfrentar povos que legitimam os ataques terroristas em nome da sua religião, e cujo objectivo é matar inocentes?
Uma questão prospectiva com desfecho positivo, espero...
Não sei se viram o cartoon. Eu vi um deles. Teve piada. Era um homem de barba branca no céu a dizer "Párem! Párem! Já não temos mais virgens!". Isto em alusão ao facto de que os terroristas morrem em prol da sua religião.
Daqui ressalvam dois aspectos importantes. O primeiro em relação à liberdade de imprensa; o segundo em relação aos muçulmanos propriamente ditos.
Quanto ao primeiro, não há muito a referir. Todos sabemos, de forma genérica, quais os limites da tolerância que se colocam à imprensa actual, muito embora isso não os impeça de os transporem. No entanto, conhecendo o mundo ocidental a habitual intolerância e fundamentalismo nos países muçulmanos, era perfeitamente dispensável uma abordagem tão "directa". Não os censuro; de facto, teve piada. E muito sinceramente uma caricatura não passa de uma sátira pacífica. Eu próprio já me ri de caricaturas da religião que seguia há uns anos, e isso nunca me trouxe problemas (embora aos olhos de muitos seja ofensivo). O cerne da questão está mesmo no carácter relativo espacial do conceito de tolerância.
No segundo plano, temos os muçulmanos. Se por um lado é errado uma crítica extensiva ao mundo muçulmano como inteiramente responsável pelo terrorismo global, então a forma como eles responderam aos ditos cujos só provam que de facto respiram e semeiam violência. Os atentados às embaixadas ocidentais isso o provam e não podem ser legitimadas seja em que circunstância for. O que se critica aqui não são as diferenças raciais, nem porventura as orientações religiosas (salvo seja!)... Apenas se pede tolerância e racionalidade. Mas como pedir (sequer exigir...) racionalidade e tolerância a um povo que só conhece a violência e se apoia no fundamentalismo cego? Como enfrentar povos que legitimam os ataques terroristas em nome da sua religião, e cujo objectivo é matar inocentes?
Uma questão prospectiva com desfecho positivo, espero...
1 Comments:
Interrogações pertinentes as que colocas... E o problema é que a resposta também é difícil.
Eu penso que o problema não é a religião em si, mas o nível de desenvolvimento em que se encontram estas sociedades e, em consequência, a facilidade com que o povo se deixa manipular por invocações religiosas cujo objectivo ultrapassa claramente a esfera da religião.
Resolver este problema a curto prazo parece-me impossível.
Haveria a hipótese de os ignorarmos e deixá-los lá fazer o que quisessem. Mas além de questões económicas (petróleo), não o podemos fazer dado o compromisso do mundo ocidental para com a defesa dos Direitos do Homem e, por inerência, da solidariedade entre civilizações e culturas.
Tenhamos, então, paciência e ajudêmo-los a resolver este problema cultural e educacional (não nos esqueçamos que, em tempos, também a Europa apresentava estes comportamentos)
Não digo, de modo algum, que devamos sacrificar valores que consideramos absolutos. Penso que é precisamente não admitindo que estes valores recuem que podemos mostrar-lhes como são preciosos.
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