Uma nova bandeira!
Depois da despenalização do consumo de drogas leves há uns anos. Depois de já todos sabermos que haverá o referendo do aborto e provavelmente será legalizado. Depois de sabermos que inevitalmente, mais tarde ou mais cedo, o casamento entre homossexuais será aprovado... Depois de tudo isto, o Bloco de Esquerda (BE) tem graves razões para se procupar com o seu futuro. As suas bandeiras começam a esgotar-se, a banalizar-se na opinião pública, o que compromete a imagem cool, à frente, pretensamente cosmopolita do BE.
Os dirigentes do dito partido já se consciencializaram deste problema, e são visíveis movimentações no seu interior. Veja-se, por exemplo, a saída de Vale de Almeida e a perspicaz análise de Paulo Gorjão.
Por outro lado, urge a criação de novas bandeiras. Eis que aparece então a ideia do direito ao divórcio a pedido de apenas um dos cônjuges. Pode ser que pegue. Se não pegar, não perdem nada.
É disto que o BE vive. O BE não afirma a sua ideologia de esquerda radical. Isto assustaria o seu público-alvo, os meninos urbanos, também pretensamente cosmopolitas, revoltados com o mundo (ou fazendo-se de revoltados), mas curiosamente sem negar aquilo que o actual modelo de sociedade lhes dá. Uma sociedade comunista, de acordo com a corrente trotskista, não é o que eles querem, se eventualmente souberem o que querem e o que é uma sociedade comunista.
Bandeiras destas são o ideal. São light, isto é, não requerem uma visão coerente da realidade. São modernas, são diferentes, são alternativas. Resumindo, desafiam as institutições. É o que está na moda.
A minha esperança é que, como todas as modas, também esta entre em declínio, um dia destes.
Os dirigentes do dito partido já se consciencializaram deste problema, e são visíveis movimentações no seu interior. Veja-se, por exemplo, a saída de Vale de Almeida e a perspicaz análise de Paulo Gorjão.
Por outro lado, urge a criação de novas bandeiras. Eis que aparece então a ideia do direito ao divórcio a pedido de apenas um dos cônjuges. Pode ser que pegue. Se não pegar, não perdem nada.
É disto que o BE vive. O BE não afirma a sua ideologia de esquerda radical. Isto assustaria o seu público-alvo, os meninos urbanos, também pretensamente cosmopolitas, revoltados com o mundo (ou fazendo-se de revoltados), mas curiosamente sem negar aquilo que o actual modelo de sociedade lhes dá. Uma sociedade comunista, de acordo com a corrente trotskista, não é o que eles querem, se eventualmente souberem o que querem e o que é uma sociedade comunista.
Bandeiras destas são o ideal. São light, isto é, não requerem uma visão coerente da realidade. São modernas, são diferentes, são alternativas. Resumindo, desafiam as institutições. É o que está na moda.
A minha esperança é que, como todas as modas, também esta entre em declínio, um dia destes.
1 Comments:
Concordo com a visão. De resto, já começava a ver com preocupação a extrema demagogia e o consequente apoio relativamente significativo que este "partido" estava a tomar.
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