O Lado Escondido do Acordo da Justiça
Não gosto muito de ouvir Sócrates a discursar, e verdade seja dita, este tem tendência a ser repetitivo e redundante. Marques Mendes foi, pelo contrário, mais conciso e directo, focando as principais consequências que derivam de um acordo desta natureza. Seja como for, ambos quiseram evidenciar as repercussões que este acontecimento irá ter na classe política dos dois maiores partidos nacionais, por natureza opostos e "rivais", sob o argumento hipócrita de que "quem sai a ganhar é Portugal".
O acordo conseguido, quer queiramos quer não, foi um marco na democracia portuguesa. Parece que finalmente a nossa classe política atingiu o patamar de coragem suficiente para manobrar um acordo cuja importância transcende todo o conjunto de provocações, mentiras e dúbias intenções presenciadas ao longo do ano, entre os representantes partidários.
Fica bem, e é bonito dizer que Portugal sai a ganhar. Mas fica feio ver que se ficam pela promessa, pela palavra e pela intenção. Se Portugal sai tanto a ganhar com os acordos, por que são estes tão raros, ao ponto de termos presenciado ontem o primeiro na nossa história democrática?
Por favor, não me venham com questões de credibilidade e imagem política, interessam-me tanto como a morfologia de uma laranja. A vontade em parecer algo que não são, em querer fazer-nos crer que o carácter raro destes acontecimentos é sinal de rejubilância pomposa, passo o pleonasmo, parece querer também impingir que nos devemos sentir manifestamente congratulados com esta manifestação de cooperação, quando estes actos deveriam ser hábito constante e sucessivo da vida democrática do país, se é que aquilo que lhes interessa mesmo é "colocar os interesses do país à frente dos partidários", como nos querem fazer crer.
O acordo conseguido, quer queiramos quer não, foi um marco na democracia portuguesa. Parece que finalmente a nossa classe política atingiu o patamar de coragem suficiente para manobrar um acordo cuja importância transcende todo o conjunto de provocações, mentiras e dúbias intenções presenciadas ao longo do ano, entre os representantes partidários.
Fica bem, e é bonito dizer que Portugal sai a ganhar. Mas fica feio ver que se ficam pela promessa, pela palavra e pela intenção. Se Portugal sai tanto a ganhar com os acordos, por que são estes tão raros, ao ponto de termos presenciado ontem o primeiro na nossa história democrática?
Por favor, não me venham com questões de credibilidade e imagem política, interessam-me tanto como a morfologia de uma laranja. A vontade em parecer algo que não são, em querer fazer-nos crer que o carácter raro destes acontecimentos é sinal de rejubilância pomposa, passo o pleonasmo, parece querer também impingir que nos devemos sentir manifestamente congratulados com esta manifestação de cooperação, quando estes actos deveriam ser hábito constante e sucessivo da vida democrática do país, se é que aquilo que lhes interessa mesmo é "colocar os interesses do país à frente dos partidários", como nos querem fazer crer.
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