Darfur
No Sudão, existe uma região denominada Darfur, que nos últimos anos tem sido palco de tragédia e opressão. A região é habitada por povos sedentários que se dedicam às mais básicas actividades de subsistência, nomeadamente a agricultura e a pecuária. Durante vários anos, esta região foi alvo de indiferença e rejeição por parte do Governo do seu país, dados os conflitos entre estas populações e as facções Árabes que lutam pelos campos de cultivo e fontes de água. Só para dar uma ideia, o Governo do Sudão rejeitou ajudar as populações do Darfur que sofreram muito com secas consecutivas e que em grande escala os prejudicaram na sua subsistência.
No seguimento de uma rebelião dos indígenas do Darfur, o Governo Sudanês de influência marcadamente árabe, ordenou a criação de milícias árabes denominadas janjaweed, cuja actividade se resume à destruição dos campos de cultivo e ao massacre em massa dos indígenas do Darfur.
Existe na região uma força de manutenção de paz, a União Africana, cujo objectivo é restaurar o ambiente de coexistência pacífica entre as "culturas". Todavia, os seus meios de alcance são altamente inferiores e perfeitamente inúteis face ao poderio militar transpirado pelas milícias árabes. O Governo Sudanês mandou expulsar esta força de manutenção de paz até ao fim do presente mês, sendo que se vão retirar dia 20.
A partir desse dia, as mílicias terão margem de manobra ilimitada para fazer o que têm vindo a fazer até agora: violar e matar em público. Dada a soberania do Estado do Sudão e a sua relutância em permitir a entrada da ONU, esta mostra-se manifestamente impotente para com esta tragédia humana que, pensa-se, irá adquirir dimensões astronómicas já a partir de Outubro.
Isto não é um mail em cadeia. Nem sequer é um mail. É um post. Um post diferente do habitual até agora. E é também um apelo. Todos vimos o que aconteceu no Ruanda e não teremos prazer nenhum em esperar indiferentemente pelo natural desenvolvimento do fenómeno para, no final, atirarmos as culpas da inércia uns para os outros. Serão 30.000 mortos por dia, só de fome. Não é modesto.
No seguimento de uma rebelião dos indígenas do Darfur, o Governo Sudanês de influência marcadamente árabe, ordenou a criação de milícias árabes denominadas janjaweed, cuja actividade se resume à destruição dos campos de cultivo e ao massacre em massa dos indígenas do Darfur.
Existe na região uma força de manutenção de paz, a União Africana, cujo objectivo é restaurar o ambiente de coexistência pacífica entre as "culturas". Todavia, os seus meios de alcance são altamente inferiores e perfeitamente inúteis face ao poderio militar transpirado pelas milícias árabes. O Governo Sudanês mandou expulsar esta força de manutenção de paz até ao fim do presente mês, sendo que se vão retirar dia 20.
A partir desse dia, as mílicias terão margem de manobra ilimitada para fazer o que têm vindo a fazer até agora: violar e matar em público. Dada a soberania do Estado do Sudão e a sua relutância em permitir a entrada da ONU, esta mostra-se manifestamente impotente para com esta tragédia humana que, pensa-se, irá adquirir dimensões astronómicas já a partir de Outubro.
Isto não é um mail em cadeia. Nem sequer é um mail. É um post. Um post diferente do habitual até agora. E é também um apelo. Todos vimos o que aconteceu no Ruanda e não teremos prazer nenhum em esperar indiferentemente pelo natural desenvolvimento do fenómeno para, no final, atirarmos as culpas da inércia uns para os outros. Serão 30.000 mortos por dia, só de fome. Não é modesto.
http://www.savedarfur.org/content?splash=yes
http://www.darfurgenocide.org/
http://www.hrw.org/doc?t=africa&c=darfur
posted by Luis Oliveira at 03:11
8 Comments:
Realmente tem sido uma região muito fustigada pelos seus paterfamilias, tipico dos paises africanos...
Em Angola, ainda se podem considerar alguns interesses económicos, agora no Sudão, não existe nada, até uma simples luta por Água dá direito a mortes e massacres!
Talvez por isso mesmo...
Pior do que isso, enquanto não descobrirem petróleo ou diamantes no Sudão, não iremos ver qualquer pressing verdadeiro de qualquer Estado ou conjunto de Estados, cingindo-se estes a apelos normais de longe a longe.
O pior de tudo é que outro massacre estará perto de acontecer, e só quando se chorarem as vítimas é que se vão atirar as culpas...
Pois, daí o George Clooney apelar pela ajuda ao Sudão. Realmente, alguém devia fazer alguma coisa...
Cumprimentos
Caro Luis Oliveira:
Isso é como tudo no mundo de interesses!
É como em Angola...
Porque é que Portugal não ficou com a exclusividade do petróleo do Mar de Angola??
Eu sei que estamos num mundo de interesses. Não o nego (pois não posso) mas também não vou chorar por ele existir.
Mas qualquer tragédia humana evitável deve ser altamente tida em conta. Deveria estar no topo das prioridades.
Cá está!
Falta-lhes o petróleo ou os diamantes para terem a intervenção quase-divina dos U.S!
O problema do Darphur é de simples resolução, contrariamente ao que parece (ou nos fazem com que pareça): se as potências ocidentais se retirarem aquele povo poderá - a custo, mas poderá - recuperar a paz que tinha antes de a Inglaterra o fazer mergulhar numa guerra civil. A questão sudaneso-darfuri é o resultado de rivalidades para ali transportadas (USA - França, USA - China, etc). Mais dia, menos dia, assistiremos a uma nova "acção humanitária" por aquelas paragens, com o apoio de Blair & Ca (Este Senhor pode ser candidato à presidência da UE?!). Estamos perante um novo Iraque. O "ouro negro" tem esta força. Espero, apesar dos meus cabelos brancos, estar enganado. Carceles
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