Saturday, January 28, 2006

Cooperação Inter-partidária

O que vou escrever aqui hoje vai certamente criar desgosto no meu caro colega Luís Araújo, mas surge apenas da minha singela opinião.

Nesta semana, o Governo liderado pelo Engenheiro José Sócrates trouxe para cima da mesa, na Assembleia da República, um conjunto de medidas destinadas a facilitar e a desburocratizar a criação de novas empresas. Tudo surge no âmbito do apelo ao investimento interno com o objectivo claro de impulsionar a actividade económica. Nada de errado. Até aqui... Marques Mendes, lider partidário do principal partido da oposição, o PSD, achou bem a intenção, mas não ficou convencido: estava à espera de mais, queria mais. Aquilo não basta, pelos vistos. Mas se não basta, por que razão não vemos pilhas e montes de projectos-lei da oposição em cima da mesa, prontos para debate? À excepção do Bloco de Esquerda com os seus projectos utópicos, não nos podemos regojizar de termos montes de projectos para serem debatidos. Não são propostas, são projectos. Não se confunda...

O que tenho reparado (e isto não será nada tipicamente português, mas aqui será mais notório devido à conjuntura) é uma certa rivalidade político-partidária que ofusca os objectivos a que todos eles se deveriam propôr. A prossecução desses mesmos objectivos depende de uma cada vez maior cooperação inter-partidária que coloque os interesses do país à frente dos interesses pessoais/corporativistas. Será complicado? Não me parece. Parece-me mais difícil saber quem dá o primeiro passo e qual o seu comprimento.

Não culpo o PSD por apenas estar na oposição: o próprio PS há menos de um ano fazia o mesmo. E os restantes partidos com assento parlamentar puxam cada um para seu lado na clara vontade de aumentar a sua esfera de influência dentro do coração do povo. Sei que digo isto como cidadão e que não tenho a noção do que lá dentro realmente se passa, mas que melhor altura e melhores cirscuntâncias conjunturais poderíamos ter como esta crise, para nos podermos unir em prol daquilo que realmente interessa: o interesse nacional, colectivo e comum. E não me venham com tretas...

1 Comments:

Blogger Luís Araújo said...

Não fico desgostoso. Não te preocupes. Compreendo perfeitamente o que dizes e concordo até certo ponto. Mas também temos de ver as coisas do ponto de vista relativo. A oposição que o PSD faz agora é mais construtiva que a que fez o PShá uns tempos. Eu sei que isto não vale como desculpa, nem eu quero que valha. Mas indica que estamos no caminho certo.
Tenciono fazer um post sobre PSD e oposição mais tarde.

January 29, 2006 10:18 PM  

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